"A impunidade por aqui reina", lamentavam os comerciantes, pelas 12h20, enquanto viam ontem o ladrão atravessar a estrada a passo, em direcção ao problemático bairro da Jamaica. Perante a indignação da funcionária do supermercado, que ainda o tentou interceptar, o homem limitou-se a responder: "Fui." E desapareceu.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
CM PRESENCIOU ROUBO
"A impunidade por aqui reina", lamentavam os comerciantes, pelas 12h20, enquanto viam ontem o ladrão atravessar a estrada a passo, em direcção ao problemático bairro da Jamaica. Perante a indignação da funcionária do supermercado, que ainda o tentou interceptar, o homem limitou-se a responder: "Fui." E desapareceu.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
A HISTÓRIA REPETE-SE
Foi seu ministro de Estado e da Economia Jean-Baptiste Colbert, que ficou conhecido pela sua teoria do mercantilismo e das práticas de intervenção estatal na economia.
Eis um diálogo travado entre os dois, em pleno século XVII:
Colbert
- Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço.
Mazarino
Colbert
- Ah sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?
Mazarino
Colbert
- Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino
- Sim, é impossível.
Colbert
- E então os ricos?
Mazarino
- Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert
- Então como havemos de fazer?
Mazarino
- Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres.
É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais!
Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tirámos. É um reservatório inesgotável.
Passados quase 400 anos este diálogo poderá ser exactamente o mesmo entre José Sócrates e Teixeira dos Santos, porque na prática, aquela teoria de Mazarino está a ser aplicada àqueles que mais trabalham e menos rendimentos têm.
A BEM DA NAÇÃO!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
POBRES DOS NOSSOS RICOS
A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.
Mas ricos sem riqueza.
Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.
Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.
Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro, ou que pensa que tem.
Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos".
Aquilo que têm, não detêm.
Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros.
É produto de roubo e de negociatas.
Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram.
Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitavam de forças policiais à altura.
Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia.
Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade.
Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
domingo, 17 de outubro de 2010
SÁBIAS PALAVRAS
Independentemente do valor dos homens e das suas intenções, os partidos, as facções e os grupos políticos supõem ser, por direito, os representantes da democracia. Exercendo de facto a soberania nacional, simultaneamente conspiram e criam entre si estranhas alianças de que apenas os beneficiários são os seus militantes mais activos.
A Presidência da República não tem força nem estabilidade.
O Parlamento oferece constantemente o espectáculo do desacordo, do tumulto, da incapacidade legislativa ou do obstrucionismo, escandalizando o país com o seu procedimento e, a inferior qualidade do seu trabalho.
Aos Ministérios falta coesão, autoridade e uma linha de rumo, não podendo assim governar, mesmo que alguns mais bem intencionados o pretendam fazer.
A Administração pública, incluindo as autarquias, em vez de representar a unidade, a acção progressiva do Estado e a vontade popular, é um símbolo vivo da falta de colaboração geral, da irregularidade, da desorganização e do despesismo que gera, até nos melhores espíritos o cepticismo, a indiferença e o pessimismo.
Directamente ligada a esta desordem instalada, a desordem financeira e económica agrava a desordem Política, num ciclo vicioso de males nacionais. Ambas as situações somadas conduziram fatalmente à corrupção generalizada que se instalou.
António de Oliveira Salazar
Em 1936 Salazar foi desafiado por uma editora francesa a publicar um livro sobre a situação em que encontrou a governação e a sua experiência desde 1928 já com as responsabilidades que se sabem. Daí nasceu e foi publicado em 1937 o livro “Como se levanta um Estado” que os actuais pseudo-políticos da nossa praça deveriam ler e comparar com o ditador travestido de democrata que actualmente nos (des)governa.
domingo, 10 de outubro de 2010
LAPIDARES
Cavaco Silva – Presidente da República
Almeida Santos – Presidente do PS
Ricardo Gonçalves – Deputado do PS
“Eu penso que os políticos são como os vinhos. Há boas épocas em que o vinho é esplêndido e outras épocas em que o vinho não presta. Nesta altura nós temos políticos que não prestam”.
Mário Soares – Reformado do PS
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terça-feira, 5 de outubro de 2010
TIRIRICA
No Brasil, um deputado pode ser ladrão ou corrupto, mas tem de saber ler e escrever, porque se for iletrado não pode ir para Brasília.
Assim sendo, consta que o “staff” do candidato já entrou em contacto com José Sócrates, pois apenas têm 10 dias para apresentar a prova de que Tiririca possui uma licenciatura, não importando em que área, pois ele apenas quer ser deputado, restando-lhe a esperança de que tenham sobrado alguns diplomas da UNI.
Sócrates já explicou que mandou encerrar a Universidade Independente para que não houvesse possibilidades de serem detectadas as falcatruas, mas isso não convenceu o Tiririca que sabe muito bem que o primeiro-ministro de Portugal tem sempre uma solução na manga quando se trata do engenho e arte de enganar o próximo.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
ALDRABÃO
- A 25 de Novembro de 2009 Sócrates garantiu que não aumentaria impostos.
- A 8 de Março de 2010 Sócrates vangloriou-se: “O mais fácil seria aumentar impostos”
- A 12 de Maio de 2010 Sócrates estava satisfeito com crescimento no primeiro trimestre.
- A 6 de Junho de 2010 Sócrates garantiu que o mais recente aumento de impostos era suficiente.
- A 2 de Julho de 2010 Sócrates dizia que o crescimento do desemprego vai continuar a abrandar.
- A 13 de Agosto de 2010 Sócrates garantia que o crescimento do PIB no segundo trimestre consiste num “sinal de grande encorajamento e confiança para a recuperação da economia portuguesa”.
- A 24 de Agosto de 2010 Sócrates afirmava que o crescimento da economia portuguesa, entre Janeiro e Junho, foi o dobro do previsto pelo Governo.
- A 29 de Setembro de 2010 Sócrates anuncia o segundo aumento de impostos do ano.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010
JÁ NÃO ERA SEM TEMPO
Já não era sem tempo, visto que desde o princípio do ano que estamos a pagar as rendas contratadas e não é tão pouco como isso, para que aquilo esteja ali às moscas.
Eu, como muitos outros habitantes deste Concelho que pagamos taxas, impostos e que involuntariamente contribuímos para este novo-riquismo não seremos convidados para assistir às cerimónias, nem teremos o privilégio de dar uma vista de olhos pela tal tapeçaria do Cargaleiro que custou uns milhares de euros.
Continuo sem perceber e até hoje ninguém explicou, é porque carga de água se teve de arrendar um edifício construído por uma empresa privada para esse efeito, em vez de ser a Câmara a proceder à sua construção em terrenos seus, com recurso ao crédito bancário, e se necessário por fases, para que as prestações mensais pudessem ser compatíveis com a disponibilidade financeira.
Pessoalmente gostaria muito mais de ver os serviços municipais instalados nos terrenos da Mundet porque o espaço é enorme e ainda sobrava muito para a tal universidade que tal como o D. Sebastião nunca mais chega, para além do aproveitamento para jardim público, que como é óbvio, deve ser o seu principal destino se não houver alguma tramóia pelo meio.
Entretanto, diz-se para aí e com grande ênfase, que “o novo Edifício Municipal da Câmara Municipal do Seixal é o primeiro edifício público em Portugal a obter a Declaração de Certificação Energética”, como se isso fosse mérito do inquilino e não do proprietário, que tem essa obrigação legal desde o dia 1 de Janeiro de 2009 para todos os edifícios construídos a partir dessa data para habitação ou para serviços.
Já agora, deixo uma pergunta no ar, esperando que alguém tenha a resposta: como o estacionamento exterior é escasso, o parque anexo às instalações será público e gratuito, ou será pago?
E VIVA O PODER LOCAL DEMOCRÁTICO!
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terça-feira, 24 de agosto de 2010
CARNE P'RA CANHÃO
Desta vez a “carne p'ra canhão” do PCP chama-se Francisco Lopes e consta que tem 55 anos, tendo exercido a digna profissão de electricista antes de ser funcionário do partido, pertencendo há alguns anos ao seu comité central.
Francisco Lopes foi eleito deputado à Assembleia da República por Setúbal, Distrito onde exerce grande influência e por isso um dos principais responsáveis pelas candidaturas autárquicas, entre elas a de Alfredo Monteiro no Seixal.
Assim se pode ver a sua grande capacidade de visão para o país, quando nem sequer a tem para um Concelho que cada vez está mais degradado por culpa de uma maioria comunista que o governa sem imaginação e competência, empenhando o futuro a grandes interesses imobiliários.
Seria bom que o senhor Lopes se apercebesse do que se passa no Seixal para além da Festa do Avante ou da Quinta da Atalaia.
Claro está que esta candidatura tem apenas como objectivo recolher os votos dos fiéis seguidores, aproveitando a campanha para a recolha de alguns fundos e o tempo de antena nas televisões para fazer lembrar que o PCP ainda existe.
Assim vai a preocupação do PCP pela democracia e pelos interesses nacionais.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
PALAVRAS DO SENHOR
Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem, decidiu dar-lhes apenas duas virtudes.
Assim, mandou que o seu anjo-secretário anotasse quais seriam os dons:
- Aos Suecos, fê-los estudiosos e respeitadores da lei.
- Aos Ingleses, organizados e pontuais.
- Aos argentinos, chatos e arrogantes.
- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.
- Aos Italianos, alegres e românticos.
- Aos Franceses, cultos e finos.
- Aos Portugueses, inteligentes, honestos e socialistas.
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade, indagou:
- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém aos portugueses foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos outros povos da terra?
- Muito bem observado, bom anjo! Exclamou o Senhor. - Isso é verdade!
- Façamos então uma correcção! De agora em diante, os portugueses, povo do meu coração, manterão esses três dons, mas nenhum deles poderá utilizar mais de dois simultaneamente, como os outros povos!
Assim sendo:
O que for socialista e honesto, não pode ser inteligente;
O que for socialista e inteligente, não pode ser honesto;
E o que for inteligente e honesto, não pode ser socialista!
PALAVRAS DO SENHOR...
sábado, 14 de agosto de 2010
JUSTIÇA SOCIAL
Estou cansado de ouvir esta treta da “justiça social” e dos sacrifícios que todos temos de fazer para equilibrar as finanças públicas.
Aumenta-se o IRS a todos os portugueses, mas como os escalões mais altos têm mais uns pozinhos, diz-se que é justiça social;
Retiram-se os benefícios fiscais aos contribuintes, mas como quem ganha mais também é penalizado, diz-se que é justiça social;
Aplica-se o aumento do IVA a todos os produtos, mas como quem ganha mais também paga, diz-se que é justiça social.
Aplicam-se e aumentam-se as taxas moderadoras nos hospitais e centros de saúde, mas como os ricos se utilizarem esses serviços também pagam, diz-se que é justiça social:
Aumentam-se os preços dos transportes públicos, mas como os que andam em carros topo de gama também pagam se os utilizarem, diz-se que é justiça social;
Aumenta-se o preço do pão, mas como os que só comem de forma também pagam, diz-se que é justiça social;
Aumenta-se a água a toda a gente, mas como o aumento é superior para os que têm piscina, diz-se que é justiça social;
E muitos outros exemplos se poderiam dar. Mas que raio é isto da justiça social?
Onde está a justiça social quando estão congelados os aumentos para quem tem baixos recursos e nos atiram com areia para os olhos ao diminuírem os seus salários em 5%, sabendo-se que isso não resolve absolutamente nada?
Porque não baixam 50% ou mais, para além de prescindirem de todas as mordomias a que estão habituados, vivendo à nossa custa?
Até quando nos vão continuar a enganar, sem que este povo se revolte e ponha fim a esta corja de oportunistas?
quinta-feira, 29 de julho de 2010
A VÍTIMA
Eis algumas das 27 perguntas que ficaram por responder pelo Senhor José Sócrates Pinto de Sousa aos Procuradores da República por falta de tempo ou de vontade destes Senhores Magistrados.
"Confirma a recepção, na sua residência, de uma carta que lhe terá sido dirigida pelo arguido Manuel Pedro, tratando-o por "Caro amigo"?"
"Confirma ter havido um apoio efectivo da família Carvalho Monteiro [tio e primos de Sócrates] ao licenciamento do Freeport?"
"Encontra alguma explicação para o teor das declarações produzidas nos autos por Hugo Monteiro (seu primo), segundo o qual a reunião promovida pelo pai com o então ministro do Ambiente "foi realizada e contribuiu decisivamente para o licenciamento" do Freeport?”
"Encontra alguma explicação para as declarações de Hugo Monteiro no sentido de que, ainda antes da apresentação do projecto, foi ter consigo, a sua casa, na Rua Braancamp, em Lisboa, perguntando-lhe se não se importava que ele invocasse o seu nome, para prestigiar o projecto, ao que terá respondido afirmativamente?"
"Como explica o envio, através da conta de correio electrónico josesocrates@ps.pt, de uma mensagem de propaganda eleitoral ao arguido Charles Smith (charlessmith@mail.telepac.pt), sendo certo que o mesmo é de nacionalidade estrangeira e não inscrito nos respectivos cadernos eleitorais?"
"Confirma que, em Outubro de 2000, enquanto ministro do Ambiente, deu alguma orientação no sentido do ICN apresentar proposta de alteração dos limites da ZPE [Zona de Protecção Especial] do Estuário do Tejo?”
"Teve conhecimento da colaboração do arguido Eduardo Capinha Lopes nas campanhas eleitorais do PS para as autárquicas de 2001, nomeadamente em Grândola, Santiago do Cacém, Moita, Barreiro e Alcochete e, em caso afirmativo, se essa colaboração influenciou a sua escolha para o desenvolvimento dos projectos de arquitectura do complexo Freeport?"
Como é que com estas dúvidas se pode ilibar alguém e apontar o dedo a dois “bodes expiatórios” para tentar limpar a sujidade que foi feita?
sábado, 17 de julho de 2010
RONALDO PROCESSA GOVERNO
Assim que o Governo anunciou há um ano esta importante benesse, Ronaldo pensou logo que desta maneira valia a pena ser pai, procurando entre as várias candidatas concretizar o desejo do primeiro-ministro em aumentar a natalidade nacional.
Segundo a fonte, Ronaldo está bastante chateado com José Sócrates e por isso o seu baixo rendimento no mundial, pois sente-se enganado e com uma criança nos braços para alimentar e do cheque de nada se sabe.
Não fosse a família, Cristiano não teria condições para criar sozinho o rebento que nasceu de mãe incógnita em local desconhecido, mas que, segundo dizem, é muito parecido com o pai.
O Governo, por sua vez, aponta o dedo à crise e sustenta que está a reavaliar o calendário para arrancar com a entrega dos “brindes” prometidos.
sábado, 22 de maio de 2010
O ECONOMISTA
O economista Silva disse: “Eu tenho mais de 20 ou 30 textos escritos desde 2003 sobre a insustentabilidade da trajectória que Portugal vinha a seguir. Um país não pode aguentar durante muito tempo gastar muito mais do que aquilo que produz. Esse é o nosso grande drama neste momento”.
Mas o que diz ou faz o economista Silva como Presidente da República? Nada.
Para que serve ter um Presidente de uma República que permite as mais cruéis arbitrariedades de um governo sem rumo e reconhecidamente incompetente?
Que diferenças existem entre um almirante Tomás e um economista Silva?
Um cortava fitas e nunca falava da governação, enquanto o outro não fala da governação e faz visitas turísticas pelo país gastando o pouco que temos.
Pelo menos, o marinheiro tinha um Salazar no governo que nunca permitiu o aumento do pão e de outros bens essenciais, permitindo assim aos mais carenciados um mínimo para a sua sobrevivência.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
COITADINHA
De acordo com o “Correio da Manhã” as viagens da socialista Inês de Medeiros entre Lisboa e Paris vão custar ao Parlamento, ou seja, a todos nós, mais de seis mil euros por mês. Ontem, o conselho de administração da Assembleia da República aprovou o parecer do auditor jurídico, que defende o pagamento das ajudas de custo à deputada, com o voto de qualidade de José Lello (PS), enquanto presidente, face ao empate dos votos a favor dos socialistas e os votos contra de PSD e BE. O CDS-PP absteve-se e o PCP não se fez representar.
A decisão do conselho não é vinculativa, mas, caso Jaime Gama dê o seu aval, Inês de Medeiros terá direito a uma viagem de avião de ida e volta, na classe mais elevada, uma vez por semana entre Paris e Lisboa, que ronda os 1160 euros. Ao fim do mês, são 4640 euros, acrescidos de despesas com as ajudas de custo pagas aos deputados que residem fora da grande Lisboa (69, 19 euros por cada dia de presença em trabalho parlamentar), o que, multiplicado por 22 dias úteis, representa 1522,18 euros. Ou seja, estão em causa 6162, 18 euros, a que se juntam ainda as despesas com a deslocação entre o aeroporto e a residência da deputada.
Inês de Medeiros congratulou--se com a decisão. "A minha satisfação é isto estar resolvido e acabar com esta campanha de enxovalhos e de informação pouco rigorosa."
Calculem: a senhora sentiu-se enxovalhada e acha que a informação não tem sido rigorosa. Não é de admirar! Já o chefe, o que se intitula engenheiro, também tem as mesmas teorias e arranja as mesmas desculpas para as trapalhadas em que está metido.
Estranha é a abstenção do CDS/PP e a ausência do PCP na reunião, permitindo que o senhor Lello pudesse utilizar o seu voto de qualidade em relação a um assunto que beneficia a sua distinta camarada.
Aqui está um bom exemplo de “democracia” trazido pelo 25 de Abril.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
SERÁ JUSTO?
Então e os dos outros Concelhos não são também filhos da mesma Igreja?
Já estava a ver a cena aqui no Seixal: autocarros da Câmara prontos para a viagem e a grande maioria dos funcionários de bandeirinhas brancas e amarelas para acenar a Bento XVI, como se fossem para mais uma manifestação da Intersindical na avenida da Liberdade.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
NATURISMO
Por proposta de “Os Verdes” vai ser discutida na próxima 5ª feira na Assembleia da República uma Lei que permitirá às Autarquias definirem quais as praias ou locais destas onde se pode praticar nudismo, esperando-se que, se a mesma for aprovada, passe a haver muitos mais areais onde os corpinhos se bronzeiem por inteiro, sem aquelas inestéticas manchas provocadas pela sombra dos biquínis ou calções de banho.
Mas esta medida terá um alcance muito maior, pois já dizia Durão Barroso há uns anos que “o país está de tanga”. Daí para cá até a tanga já perdemos, pelo que assim se dá a possibilidade de democraticamente todos poderem finalmente ir à praia em pelota, sem que venha o cabo do mar fazer qualquer repreensão por as partes mais íntimas estarem à mostra.
Por exemplo, no Seixal temos a praia da Ponta dos Corvos e a praia da Velha, qual delas a melhor e com excepcionais infra-estruturas balneares.
Qual vai o nosso amigo Alfredo escolher para a prática de nudismo?
Aceitam-se apostas.
sexta-feira, 19 de março de 2010
UMA PÉROLA
Inês de Medeiros, deputada na Assembleia da República Portuguesa, membro da Comissão de Ética, saiu-se com esta pérola:
"Se Sócrates mentiu,
nem acho que seja muito grave".
quarta-feira, 3 de março de 2010
PALHAÇO
Mário Crespo é um bom exemplo do inconformismo e mesmo sofrendo as pressões a que os políticos – todos os políticos – nos querem sujeitar, ele continua a maravilhar-nos com as suas lúcidas crónicas, focando temas tão actuais e, para nosso desespero, tremendamente verdadeiros.
E diz que não fez nada.
O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso.
O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes.
Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si.
O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos.
Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos.
E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa.
O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos.
O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas.
O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém.
Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem.
O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público.
E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal.
Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço.
Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
UM BOM EXEMPLO
Esta medida, que entrará em vigor já a partir de 1 de Fevereiro, abrangerá cerca de 40 funcionários que ganham actualmente 450 euros, passando a receber 532, um aumento de 82 euros.
Ora aqui está um bom exemplo que deveria ser seguido por todos os políticos deste país, começando no Presidente da República e acabando nos Presidentes de Junta de Freguesia.
Estão a ver esta medida ser aplicada no Concelho do Seixal?
Eu também não.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
DIA DE REIS
Neste dia, que simbolicamente é de Reis, deveria servir para além de se comer o tal bolo com o buraquinho no meio, para também nos questionarmos sobre a utilidade da mudança em Portugal do sistema monárquico para o sistema republicano há quase cem anos.
De 1910 a 1926, ou seja durante 16 anos, a bagunça foi de tal ordem que os sucessivos governos desbarataram todo o aparelho do Estado e as finanças públicas, obrigando a um golpe militar e à vinda do professor de Coimbra para tomar conta disto por mais de 40 anos, com Presidentes da dita República que não passavam de meros figurantes, tal como se passa hoje, após 35 anos de um outro golpe militar.
Que vantagens nos trouxe a República se continuamos a ter um sistema feudal com os seus mais altos representantes, tais como o Marquês de Freeport, o Barão de Nafarros, o Conde de Oeiras, a ex-Marquesa de Felgueiras, o Duque de Gondomar, o Visconde das Antas e tantos outros que se ainda não possuem qualquer título, pelo menos a eles aspiram.
Estou a lembrar-me, por exemplo, daquele senhor que já foi ministro e agora é presidente do Concelho de Administração da Mota-Engil, do outro que é ou era administrador do BCP e agora passou a Consultor e tantos outros, que dentro de pouco tempo serão certamente nomeados no mínimo Cavaleiros de uma qualquer Ordem Honorífica.
Que República é esta que pouco falta para ser apenas das bananas?
Prefiro ter um Rei a sério em vez de manequins da Rua dos Fanqueiros.