25 de Abril sempre?
Fascismo nunca mais?
O 25 de Abril já não é o que era. Antigamente acordava sempre às sete da manhã graças a um vizinho meu que às vezes (quando lhe convinha) era comunista e o partido encarregava-o de rebentar uns quantos foguetes mesmo junto à minha janela para dar a “alvorada”.
Era uma alegria! Começava sempre este dia por lhe chamar uns quantos nomes que aqui não posso reproduzir, deixando-me a sensação de que era preferível viver no fascismo, porque esses não me acordavam tão cedo.
Entretanto a tradição foi-se esfumando e agora, quando acordo, já não sei bem em que raio de época é que vivemos, na medida em que tenho alguma dificuldade em perceber se o fascismo de Salazar era pior ou melhor que o fascismo de Sócrates.
Naquele tempo não se faziam peditórios para maternidades nem se diminuíam os ordenados.
Naquele tempo não se deixava que os bancos roubassem os depositantes ou que os padeiros aumentassem o pão.
Naquele tempo havia emprego (mesmo que precário como hoje) e a economia crescia com a agricultura, com a indústria e com as pescas.
Mas será que o 25 de Abril tem a culpa?
Claro que não. Só que foi apenas um golpe de estado e não uma revolução que era o que este país precisava e precisa.
Afinal o que mudou?
Liberdade? Qual liberdade? A de barriga vazia? A das lista de espera na saúde? A do ensino pago e degradado?
É urgente mudar.
No próximo dia 5 de Junho temos oportunidade de mais uma vez afastar os fascistas da área governativa, indo votar em massa no BE, no PCP, no PSD ou no CDS, mas cuidado com aqueles que se dizem democratas e que se escondem à sombra de uma coisa chamada PS.
Sem comentários:
Enviar um comentário