sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

UM BOM EXEMPLO

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De acordo com o “Correio da Manhã”, o presidente da Câmara Municipal da Vidigueira, Manuel Narra, vai cortar dez por cento do seu salário para dar aos funcionários do município que recebem o ordenado mínimo. A medida estende-se aos restantes eleitos, todos pela CDU, e aos nomeados em cargos como o Gabinete de Apoio à Presidência.

Diz o autarca alentejano: “Depois do apoio social aos munícipes, decidimos desta vez melhorar as condições salariais dos funcionários que mais precisam, acabando com o índice remuneratório 1 [salário mínimo]. Para não agravar a despesa com custos de pessoal, decidimos cortar 10% dos salários do presidente, vereadores e nomeados”.

Esta medida, que entrará em vigor já a partir de 1 de Fevereiro, abrangerá cerca de 40 funcionários que ganham actualmente 450 euros, passando a receber 532, um aumento de 82 euros.

Ora aqui está um bom exemplo que deveria ser seguido por todos os políticos deste país, começando no Presidente da República e acabando nos Presidentes de Junta de Freguesia.

Estão a ver esta medida ser aplicada no Concelho do Seixal?

Eu também não.
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DIA DE REIS


Neste dia, que simbolicamente é de Reis, deveria servir para além de se comer o tal bolo com o buraquinho no meio, para também nos questionarmos sobre a utilidade da mudança em Portugal do sistema monárquico para o sistema republicano há quase cem anos.

De 1910 a 1926, ou seja durante 16 anos, a bagunça foi de tal ordem que os sucessivos governos desbarataram todo o aparelho do Estado e as finanças públicas, obrigando a um golpe militar e à vinda do professor de Coimbra para tomar conta disto por mais de 40 anos, com Presidentes da dita República que não passavam de meros figurantes, tal como se passa hoje, após 35 anos de um outro golpe militar.

Que vantagens nos trouxe a República se continuamos a ter um sistema feudal com os seus mais altos representantes, tais como o Marquês de Freeport, o Barão de Nafarros, o Conde de Oeiras, a ex-Marquesa de Felgueiras, o Duque de Gondomar, o Visconde das Antas e tantos outros que se ainda não possuem qualquer título, pelo menos a eles aspiram.

Estou a lembrar-me, por exemplo, daquele senhor que já foi ministro e agora é presidente do Concelho de Administração da Mota-Engil, do outro que é ou era administrador do BCP e agora passou a Consultor e tantos outros, que dentro de pouco tempo serão certamente nomeados no mínimo Cavaleiros de uma qualquer Ordem Honorífica.

Que República é esta que pouco falta para ser apenas das bananas?

Prefiro ter um Rei a sério em vez de manequins da Rua dos Fanqueiros.