Já muito se tem falado sobre os elevados gastos que a Câmara Municipal do Seixal tem com o seu Boletim que para pouco mais serve do que para forrar caixotes de lixo ou gaiolas de periquitos. Há até quem o utilize com aquele excelente papel absorvente para que os cãezinhos que ficam em casa possam fazer as suas necessidades, atraídos pelo cheiro da tinta ou pela visão de alguma figura política que nele é comum aparecer.
Nem vale a pena falar sobre os conteúdos que fazem a propaganda descarada de grandes obras, tais como o corte de umas ervinhas num descampado ou a reparação de meio metro quadrado de calçada num qualquer passeio perdido numa freguesia perto de si.
Atafulhem-se as caixas de correio com aquelas folhinhas que anunciam o Festival de Verão das farturas e do coirato, dos planos e mais estudos que para nada servem, das promessas que nunca são cumpridas, ou de mais umas reproduções fotográficas dos adorados eleitos que compareceram a este ou àquele acto solene de uma qualquer Colectividade.
Se até há algum tempo atrás o dinheiro das nossas taxas e impostos dava para tudo, ainda se poderia compreender que a Câmara Municipal do Seixal mantivesse esse luxo de vaidade “Alfrediana”; mas numa altura em que financeiramente o país está como está e as autarquias ainda estão piores, não se pode aceitar o incumprimento de alguns compromissos a que a Câmara está obrigada, gastando os escassos recursos em Boletins de pouca ou nenhuma utilidade.
Acabar com o Boletim Municipal do Seixal não resolve todos os problemas, mas pode ajudar a diminuir o fosso deficitário de uma Câmara que precisa de se endividar para pagar salários ou facturas a fornecedores.
Nem vale a pena falar sobre os conteúdos que fazem a propaganda descarada de grandes obras, tais como o corte de umas ervinhas num descampado ou a reparação de meio metro quadrado de calçada num qualquer passeio perdido numa freguesia perto de si.
Atafulhem-se as caixas de correio com aquelas folhinhas que anunciam o Festival de Verão das farturas e do coirato, dos planos e mais estudos que para nada servem, das promessas que nunca são cumpridas, ou de mais umas reproduções fotográficas dos adorados eleitos que compareceram a este ou àquele acto solene de uma qualquer Colectividade.
Se até há algum tempo atrás o dinheiro das nossas taxas e impostos dava para tudo, ainda se poderia compreender que a Câmara Municipal do Seixal mantivesse esse luxo de vaidade “Alfrediana”; mas numa altura em que financeiramente o país está como está e as autarquias ainda estão piores, não se pode aceitar o incumprimento de alguns compromissos a que a Câmara está obrigada, gastando os escassos recursos em Boletins de pouca ou nenhuma utilidade.
Acabar com o Boletim Municipal do Seixal não resolve todos os problemas, mas pode ajudar a diminuir o fosso deficitário de uma Câmara que precisa de se endividar para pagar salários ou facturas a fornecedores.
7 comentários:
Não vivo no Seixal, mas conhecendo o seu boletim, várias vezes o utilizo como exemplo do que deveria ser um instrumento de comunicação e informação a utilizar por todos os municípios.
Como cidadão, como munícipe tenho o direito a ser informado sobre a actividade quotidiana do meu município.
Compreendo que quem quer fazer política rasteirinha utilize os argumentos do papel que apenas serve para forrar isto ou aquilo, que é muito caro, que não serve para nada. Mas esses são os argumentos de quem prefere a ignorância, que acha que as entidades públicas não devem prestar contas da sua acção, que pensam que os eleitos locais e as autarquias não têm como obrigação informar.
Caro Duarte,
-Quis que a maioria PCP/CDU da CMSeixal dar contas da sua acção à população...tudo bem.
Então porque não aceita uma auditoria às contas do seu exercício?
E...quantos mais se poderiam contrapôr aos seus argumentos...
Por mim, contribuinte deste município, pagante do despautério que é o Boletim Municipal do Seixal...gostaria mais de ver o meu dinheiro empregue...na verificação da acção do município...do que nas contas que o município não "cozinha"para seus contribuintes.
Ainda há alguns dias me dizia um deputado que era difícil lutar contra as Câmaras Municipais (em geral)... mas muito mais contra uma das mais corruptas do país.
Eu utilizo este jornal para limpara a vareta do oleo na oficina. É papel de boas qualidade, muito absorvente e é um bem livre. Vou a dois ou três cafés por semana, trago para ai uns 30 Jornais e já dá para a semana de trabalho. No fim vai tudo para a reciclagem.
Não acabem com o Jornal. Por favor que isso irá tornar-se num custo da empresa e depois lá terei de despedir um trabalhador.
Para quem não é do concelho e gosta de ver o dinheiro dos outros assim gasto, devia ler as Grandes Opções do Plano do Seixal porque, por enquanto, ainda pode ali saber, mais ou menos, os gastos deste boletinzinho, mas só para os inteligentes, fiquem sabendo que cada impressão fica na módica quantia de 50 mil euros.
Somem isto por duas vezes por mês durante um ano e já podem ver para onde vão os dinheiros de uma câmara que até á televisão ir á escola primária da Arrentela, dizia não ter dinheiro para instalar lá um quadro eléctrico, e só depois de darem essa vergonha na televisão é que lá o foram colocar.
A estes 50 mil euros por edição, juntem a distribuiçao, o pagamento aos fotografos avençados, á equipa que escreve o boletinzinho, as deslocações ao fim-de-semana, com carros com motorista, e depois venham dizer que é um exemplo nacional.
É mas só se for dos maníacos do mal gastar!!!
O Boletim do Seixal dá-me imenso jeito para forrar as gaiolas dos pássaros! Como o papel é bom, dura-me cerca de 4 dias em bom estado.
Espero que não acabem com o jornal, pois eu utilizo-o mesmo para forrar as gaiolas dos meus pássaros. O papel é muito bom e funciona muito bem para esse fim. Quanto ao conteúdo, não sei o que la vem, normalmente só vejo a capa.
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