
"A impunidade por aqui reina", lamentavam os comerciantes, pelas 12h20, enquanto viam ontem o ladrão atravessar a estrada a passo, em direcção ao problemático bairro da Jamaica. Perante a indignação da funcionária do supermercado, que ainda o tentou interceptar, o homem limitou-se a responder: "Fui." E desapareceu.
Antes, José Holbeche, 67 anos, serviu quase de porta-voz dos comerciantes da zona, perante o clima de insegurança na zona. "Isto aqui está impossível. Eles fazem o que querem e quando querem", disse, indignado com o último assalto, na passada sexta-feira.
Nesse dia, o produto do roubo foi invulgar. Os ladrões levaram marisco, um emblema do Sporting, guardanapos, gorjetas, gelados Viennetta e até duas prendas simbólicas de Natal que as funcionárias lhe iam entregar. Para trás ficou um ecrã LCD, avaliado em 2000 euros, que deixaram cair quando o tiravam do suporte, ficando danificado.
“in Correio da Manhã”
O Estado cobra impostos, a Câmara cobra taxas, mas nem uma nem outra entidade garante a segurança dos cidadãos que cada vez se sentem mais desprotegidos. Aliás neste caso concreto em que o meliante é “residente” no bairro camarário da “Jamaica”, todos devemos agradecer ao Senhor Presidente Alfredo Monteiro o cuidado que tem tido na resolução destes casos sociais que muito dignificam o Concelho do Seixal.