segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 DE ABRIL


25 de Abril sempre?
Fascismo nunca mais?

O 25 de Abril já não é o que era. Antigamente acordava sempre às sete da manhã graças a um vizinho meu que às vezes (quando lhe convinha) era comunista e o partido encarregava-o de rebentar uns quantos foguetes mesmo junto à minha janela para dar a “alvorada”.

Era uma alegria! Começava sempre este dia por lhe chamar uns quantos nomes que aqui não posso reproduzir, deixando-me a sensação de que era preferível viver no fascismo, porque esses não me acordavam tão cedo.

Entretanto a tradição foi-se esfumando e agora, quando acordo, já não sei bem em que raio de época é que vivemos, na medida em que tenho alguma dificuldade em perceber se o fascismo de Salazar era pior ou melhor que o fascismo de Sócrates.

Naquele tempo não se faziam peditórios para maternidades nem se diminuíam os ordenados.

Naquele tempo não se deixava que os bancos roubassem os depositantes ou que os padeiros aumentassem o pão.

Naquele tempo havia emprego (mesmo que precário como hoje) e a economia crescia com a agricultura, com a indústria e com as pescas.

Mas será que o 25 de Abril tem a culpa?

Claro que não. Só que foi apenas um golpe de estado e não uma revolução que era o que este país precisava e precisa.

Afinal o que mudou?

Liberdade? Qual liberdade? A de barriga vazia? A das lista de espera na saúde? A do ensino pago e degradado?

É urgente mudar.

No próximo dia 5 de Junho temos oportunidade de mais uma vez afastar os fascistas da área governativa, indo votar em massa no BE, no PCP, no PSD ou no CDS, mas cuidado com aqueles que se dizem democratas e que se escondem à sombra de uma coisa chamada PS.

domingo, 10 de abril de 2011

UM NOVO HOMEM


Hoje sim, estou satisfeito e esperançado. Estive a ver o final do comício, perdão, do congresso do PS e ouvi o candidato a primeiro-ministro que não se parece nada com o outro que está demissionário.

Desta vez o PS escolheu um bom secretário-geral. Um homem que não tem um passado obscuro, que não sacou um diploma ao domingo, que nada tem a ver com “freeportes” e que se preocupa realmente com os mais desfavorecidos.

Ele falou tão bem das políticas que pretende implantar para os mais velhos, para os mais novos, para os desempregados, para os funcionários públicos, para os professores, para as mulheres, para a saúde, para a educação, para o ensino, para as exportações, ou seja, falou de tanta coisa boa que nos deve deixar verdadeiramente entusiasmados e a esquecer o seu antecessor que esteve lá nos últimos seis anos.

Este novo homem que tem por principal missão convencer-nos que o PS é o partido certo para nos governar no futuro, certamente que se irá rodear de outras novas figuras, tais como Edites, Assis, Pereiras e Teixeiras, tendo já anunciado o regresso do Ferro e de esse incansável trabalhador e intelectual Manuel Alegre que para além da poesia é especialista em caça.

Se o FMI pensava que vinha para ficar bem pode tirar o cavalinho da chuva, porque se este homem merecer a confiança da maioria dos portugueses, a sua passagem por Portugal será efémera, na medida em que o novo governo fará uma recuperação económica e financeira tão rápida que fará parte de um capítulo especial do “guinness”, devendo toda a Europa tremer com o aparecimento desta nova potência e do seu timoneiro.

Sim, não era por acaso que a Ângela Merkel ou o Durão Barroso gostavam tanto do Sócrates: este não lhes fazia frente e nunca poria em causa as suas posições de destaque dentro da União, mas com este novo secretário-geral do PS bem podem ir pondo as barbas de molho.

Não sei até se o próprio Vaticano continuará a ser o mesmo. O mais provável é que um novo Concílio venha a permitir o acesso à cadeira Papal de um leigo que pelas suas qualidades e intenções reveladas hoje, só pode ser um enviado especial de Deus.